domingo, 5 de janeiro de 2014

Dirigindo na mão inglesa


Estamos de férias na Nova Zelândia. É um país pequeno e com muitas áreas rurais. Rico em belezas naturais, para ser explorado e descoberto há necessidade de transporte próprio. Assim, alugamos um carro e o recebemos no aeroporto de Auckland. Eu nunca dirigi na mão inglesa e vou dividir minhas impressões. Para dirigir aqui o condutor precisa ter uma carteira de habilitação internacional. No Brasil você consegue uma no Touring pagando uma taxa. Basta levar sua carteira de motorista válida. Aluguei um carro automático, claro. Quando cheguei no estacionamento me dirigi para o lado esquerdo do carro...

Na mão inglesa o tráfego é invertido. Você anda pelo lado esquerdo e eu “treinei” mentalmente preparando-me para o desafio. Funcionou razoavelmente bem. O que eu não podia antever é que também dirigir o carro é invertido. Nossas referências mudam completamente. Desta forma, no primeiro dia, insistia em levar carro muito para a esquerda pois minha referência, ao dirigir, é acompanhar a linha do meio fio. Na mão inglesa você tem que ter como referência o centro da pista. Como fui de Auckland para Tauranga, estes duzentos e poucos quilômetros foram um bom início de recondicionamento. Esta foi a minha maior dificuldade.

Outra dificuldade é nas rotatórias e nos cruzamentos. Naturalmente, esperamos os carros vindo pela esquerda. Na mão inglesa eles vem pela direita. Você tem que entrar indo para a esquerda da pista e estar atento para os carros que já estão trafegando na pista, no mesmo sentido. Isto exige muita atenção nos primeiros dias. Uma semana depois já estou plenamente recondicionado. 

Dirigir o carro, em si, não é problema maior. Inclusive estacionar não traz maior dificuldade. Usando os espelhos retrovisores ou a câmara de ré fica fácil para um condutor experiente. 

Uma palavra sobre dirigir na ilha Norte da Nova Zelândia. As estradas são, em geral, estreitas e de mão dupla (diferente das nossas são divididas com tinta branca e não amarela, fique atento). Pistas de excelente qualidade e muito bem sinalizadas. Nas curvas, placas informam a velocidade segura para trafegar (uma mão na roda). Mesmo estreitas têm velocidade máxima de 100 Km/h. Nas “auto estradas” o limite vai a 110 Km/h, mas existem pouquíssimos trechos com este limite de velocidade. Há uma grande quantidade de controles de velocidade que são descobertos apenas pelo GPS. Não há qualquer sinalização de que eles existem. Nas cidades o limite de velocidade são 50 Km/h os quais são verificados na entrada e na saída de todas elas.

Enfim, dirigir na mão inglesa não é um bicho de sete cabeças. Dá para encarar com tranquilidade. Basta dirigir com cuidado e atenção. Nos primeiros dias e sempre. E obedecer religiosamente as regras de trânsito.

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